scale travels
gaia, por salomé lamas
Salomé Lamas é certamente um dos nomes mais importantes na atualidade da cultura contemporânea portuguesa. Cineasta e artista visual, estudou cinema em Lisboa e Praga, artes visuais em Amsterdão e é doutoranda em arte contemporânea em Coimbra. Ao longo da sua carreira tem trabalho em documentários e projetos artísticos híbridos, explorando novos caminhos, tanto quanto à forma como ao conteúdo. Os projetos em que se concentra são uma tentativa de diluir a suposta fronteira entre documentário e ficção, desafiando, também, a divisão entre géneros e modos de exibição. Muitos dos seus trabalhos têm sido exibidos nos melhores e mais importantes contextos artísticos, de festivais de cinema a galerias e museus. A valorização do seu trabalho tem também sido reconhecida pela atribuição de bolsas pelas mais reputadas instituições internacionais e nacionais, com destaque para a Gardner Film Study Center Fellowship – Harvard University, The Rockefeller Foundation – Bellagio Center e Fundação Calouste Gulbenkian.
No último ano, ao abrigo do Scale Travels, programa de criação que promove o cruzamento entre arte e nanotecnologia, desenvolvido em parceria entre o gnration e o INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, Salomé Lamas realizou um conjunto de pesquisas junto dos investigadores do laboratório de nanotecnologia sediado em Braga. Apesar das adversidades impostas por uma inesperada pandemia, Lamas arranca o novo ano com Gaia, exposição onde dá a conhecer dois trabalhos artísticos fruto de dois projetos: uma obra do seu último projeto multidisciplinar Extraction: The Raft of the Medusa (2019/2020) e a primeira produção do projeto multidisciplinar Gaia, que inicia neste novo ano e que dá título à exposição.