scale travels

lago libidinal, por jonathan uliel saldanha

Desenvolvida em contexto de residência artística no INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, a instalação Lago Libidinal é um sistema de múltiplas escalas que surge como extensão da peça de palco com o mesmo nome. A superfície de um lago artificial serve como interface espelhado onde um ecossistema viral revela uma rede linfática de derivados inorgânicos que se alimentam do fluxo contínuo de dados referentes às flutuações da bolsa de valores. O corpo aquático é uma matriz habitada por lítio, por mercúrio vermelho e por fungos bioluminescentes que se interrelacionam com um mecanismo de luz, para revelar contaminações ocultas e transformá-las em vetores de contágio.
Músico, artista visual, construtor sonoro e cénico, Jonathan Saldanha é fundador do colectivo SOOPA e de HHY & The Macumbas. A partir das suas investigações elabora ações cénicas sincréticas entre as artes plásticas, dança e som, expõe instalações e compõe peças para voz, percussão, eletrónica e espaço ressonante. Investiga zonas de interceção entre a pré-linguagem, alteridade, ficção científica, o som enquanto vetor de contágio e a tensão entre o sintético e a paisagem. É artista associado do Teatro Municipal do Porto entre 2020 e 2022, onde apresentou as peças “Mercúrio Vermelho” (2020), “Lithium Faust” (2021) e “3x Drill” (2021). Investiga zonas de intercepção entre a pré-linguagem, alteridade, ficção científica, o som enquanto vetor de contágio e a tensão entre o sintético e a paisagem. Mostrou o seu trabalho no Unsound, Palais de Tokyo, Culturgest e Serralves, entre muitos outros espaços. 

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