residências artísticas
ikue mori + nuno aroso + joão miguel braga simões
Ikue Mori é, com todas as provas dadas, um dos nomes mais respeitados na música contemporânea. Na década de 70, a artista japonesa mudou-se para Nova Iorque, onde começou a tocar bateria nos DNA, banda seminal no género no wave e que integrava também o guitarrista Arto Lindsay. Com o fim dos DNA, tornou-se mais ativa na cena experimental da cidade, estendeu o seu trabalho às drum machines e ao computador, e dedicou-se também à criação visual enquanto designer. Ao longo da sua carreira, que a levou a percorrer os quatro cantos do mundo, Ikue colaborou com uma infindável lista de nomes, de John Zorn a Fred Frith, de Evan Parker a Zeena Parkins e de Marc Ribot a Thurston Moore. Podemos até dizer que uma parte considerável da sua carreira foi dedicada às colaborações. Curiosamente, é nesta dinâmica de partilha artística que chega a Braga, para uma colaboração ao vivo com Nuno Aroso e João Miguel Braga Simões, dois dos mais ativos percussionistas portugueses que na atualidade se dedicam à criação contemporânea.
Nuno Aroso é professor, investigador e solista de percussão. A sua carreira desenvolveu-se com foco na investigação com compositores e no fomento da literatura para percussão. Tocou em estreia absoluta mais de 120 obras e gravou parte deste repertório em inúmeras edições discográficas.
João Miguel Braga Simões é membro do Drumming GP e dos Trash Panda Collective, ensemble que fundou em Amesterdão. A sua atividade profissional tem-se estendido a projetos a solo, de música de câmara e de orquestra, focando-se na criação, interpretação e disseminação de música nova e no trabalho de comissão com diferentes compositores e interpretes.