música
Podemos já dizer que Pete Kember é da casa. Em janeiro de 2015, o ex-Spacemen 3 entrava no gnration pela primeira vez para dar início a uma residência artística com o intuito de preparar material que possivelmente integraria um novo disco de Sonic Boom. A presença serviria também de oportunidade para um concerto, com a possibilidade de replicar parte desse material em palco. Em setembro de 2018, voltava a Braga para apresentar-se enquanto Spectrum, projeto que se pode ver como uma espécie de continuação sonora do que vinha a fazer ao lado de Jason Pierce nos Spacemen 3, uma das mais marcantes bandas do universo alternativo dos anos 80 e que definiu os termos space-rock, shoegaze e drone-rock. Nesse concerto, contou ainda com a colaboração visual do artista português Sérgio Couto. Na sinopse do espetáculo, escrevemos: seja como Sonic Boom ou como Spectrum, sabemos que a genialidade vive em Pete Kember enquanto fonte inesgotável na criação ambientes sonoros, ou não fosse o músico britânico apontado como influência primordial no surgir de muitos dos novos grupos da última década. Pouco ou nada mudou desde então, bem pelo contrário: o novo álbum certamente acrescentará mais mérito ao produtor de MGMT, Panda Bear ou Beach House.
Kember começou a trabalhar no novo disco nesse 2015, com o amigo e colaborador habitual Tim Grane, dos Stereolab, a encorajá-lo a lançar as faixas iniciais enquanto instrumentais. Não o fez, mudou-se para Portugal, voltou a trabalhar no novo disco e adicionou voz. All Things Being Equal regressa agora à casa onde deu os primeiros passos, cinco anos depois de ter sido semeado e três décadas depois de Spectrum, o último disco de Sonic Boom.
British musician and producer Pete Kember, founding member of the alternative rock band Spacemen 3, presents ‘All Things Being Equal’, his new studio album as Sonic Boom after a 30 years hiatus.