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Em 2019 Braga viu nascer o index, o primeiro evento internacional focado na relação entre arte e tecnologia, criado desde a atribuição à cidade do título de cidade criativa da unesco no domínio das media arts. O index regressará em 2021, mas em 2020 não deixará de nos acompanhar, perspetivando de múltiplas formas a arte e a tecnologia através de uma série de sessões intituladas a construção de um index.
A primeira sessão permitirá pensar a relação entre arte, ciência e tecnologia e o papel do erro no contexto de processos artísticos e tecnológicos, através de duas mesas redondas; inaugurar um novo trabalho da série Scale Travels, da autoria do alemão Marcel Weber (MFO) e apresentar um espetáculo audiovisual da autoria dos canadianos Push 1 Stop & Wiklow.
mesa redonda #1 – arte, tecnologia e ciência: novos caminhos para uma longa relação
com Marcel Weber (artista), Jana Nieder (cientista) e João Ribas (curador), moderado por Fernando José Pereira (artista e professor)
O que une e o que separa estes três conceitos? Este painel visa discutir potenciais novos caminhos para a já longa relação entre arte, tecnologia e ciência, bem como refletir sobre de que forma artistas e cientistas podem retirar mútuos benefícios de processos conjuntos, apesar de se encontrarem ligados a contextos substancialmente diferentes. A problemática será discutida através da perspetiva de artistas, curadores e uma cientista.
com:
marcel weber O artista Marcel Weber, também conhecido como MFO, trabalha em vídeo e instalação, dirige performances audiovisuais e faz design de palco. Faz parte da organização do Festival Atonal, em Berlin, como diretor de luz e visuais e é um colaborador de longa data do Festival Unsound. Já trabalhou com nomes como Ben Frost, Roly Porter, Tim Hecker, Stars of the Lid, Kara-Lis Coverdale e Liz Harris (Grouper).
jana nieder Jana Nieder é investigadora no INL – Instituto Ibérico de Nanotecnologia. A sua investigação está centrada na utilização e desenvolvimento de técnicas fotónicas de modo a contribuir para uma melhor compreensão da vida à nanoescala e para o desenvolvimento de nanomateriais funcionais com aplicações em tecnologias quânticas, (bio) sensoriamento e nano medicina.
joão ribas curador e escritor, dirigiu o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, instituição onde também desempenhou o cargo de Diretor-Adjunto e Curador Sénior (2014-2018). Foi Curador do MIT List Visual Arts Center (2009-13) e do Drawing Center (2007-09), Nova Iorque. Ribas venceu quatro prémios consecutivos da AICA para Melhor Exposição (2008-2011) e o Emily Hall Tremaine Exhibition Award (2010). Foi também o curador da 4ª Bienal Industrial de Ural (2017) e da Representação Oficial Portuguesa na 58ª Bienal de Veneza (2019).
moderação:
fernando josé pereira Licenciou-se em Artes Plásticas – Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e doutorou-se em Belas Artes na Faculdade de Belas Artes de Pontevedra (Espanha). É docente na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e Investigador no I2ADS (Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade). Recebeu várias bolsas de estudo e investigação da Fundação Calouste Gulbenkian e expõe regularmente em galerias e em instituições museológicas nacionais e internacionais. É membro do coletivo de música eletrónica experimental Haarvöl.
mesa redonda #2 – o erro no contexto de processos tecnológicos e criativos
com Elie Blanchard (artista), Salomé Lamas (cineasta) e Karin Ohlenschläger (curadora), moderado por Miguel Carvalhais (artista e professor)
A edição inaugural do index ficou marcada por um episódio em que um erro de cariz tecnológico impediu a realização de um espetáculo. esse mesmo erro serve agora como ponto de partida para uma discussão sobre o erro no contexto de processos artísticos e tecnológicos. Desastre ou oportunidade de melhoria? Acidente ou ferramenta? A problemática será discutida através da perspetiva de artistas e curadores com diferentes backgrounds.
com:
elie blanchard Artista multidisciplinar prolífico sediado em Paris, Elie Blanchard funde velhas com novas tecnologias nas suas performances e instalações audiovisuais. É um dos pioneiros do intricado movimento de live cinema, produzindo filmes em palco e em tempo real, sem cortes e sem edição.
salomé lamas Estudou cinema em Lisboa e Praga, artes visuais em Amsterdão e é doutoranda em arte contemporânea em Coimbra. Lamas trabalha documentários e projetos artísticos híbridos explorando novos caminhos, tanto quanto à forma como ao conteúdo. Os projetos em que se concentra são uma tentativa de diluir a suposta fronteira entre documentário e ficção, desafiando, também, a divisão entre géneros e modos de exibição.
karin Ohlenschläger Diretora artística do LABoral Centro de Arte e Criação Industrial em Gijon, Espanha, além de historiadora, académica e curadora que se dedica às media arts, ciência e arte contemporânea desde 1985. Presidiu à Banquet Foundation of Art, Science, Technology and Society (1998-2006) e ao Instituto de Arte Contemporânea em Madrid (2011-2012) e cofundou e codirigiu o MediaLab Madrid (2002/2006).
moderação:
miguel carvalhais Designer, músico, Professor Auxiliar da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, investigador no INESC TEC e colaborador do V2_ Lab for the Unstable Media. Colabora com Pedro Tudela no projeto @c desde 2000. Em 2003, criaram a editora Crónica, onde publicam música experimental e eletrónica. É autor do livro Artificial Aesthetics: Creative Practices in Computational Art and Design e cofundador da conferência xCoAx sobre Computação, Comunicação, Estética e X.
programa
15:00 – mesa redonda #1 – arte, tecnologia e ciência: novos caminhos e a produção de valor
16:15 – inauguração de nova instalação do programa scale travels na galeria inl
17:00 – mesa redonda #2 – o erro no contexto de processos tecnológicos e criativos
18:00 – binário – ciclo de performance audiovisual: Push 1 Stop & Wiklow – Membrane
A construção de um index is a series of events that aims to build a discussion about the main topics of the contemporary Art and Technology domain.
