música
— passe espetáculos música abril —
para celebrar os 10 anos, o gnration disponibiliza um reduzido número de passes que dará acessos aos quatro espetáculos de abril por apenas 25 euros.
espetáculos lucrecia dalt, diogo tudela + supernova ensemble, dave douglas & joey baron duo e tim hecker.
Antes de nos debruçarmos sobre este encontro em palco — um momento quase de sonho — entre o trompetista Dave Douglas e o baterista Joey Baron, podemos parar por alguns segundos para referir que este concerto apresenta metade da formação do histórico quarteto Masada, projeto liderado pelo saxofonista e compositor John Zorn e que mais tarde viria a ramificar-se noutros (também lendários) ensembles. Posto isto, partimos daqui com a certeza de que nada daqui para a frente será igual e que um pedaço da história do jazz moderno irá passar por aqui.
Por duas vezes nomeado para um Grammy, o norte-americano Dave Douglas conta com mais de 60 discos de originais e cinco centenas de peças publicadas. Figura basilar no território musical de Nova Iorque, para onde foi estudar nos anos 80, tornou-se num dos mais respeitados nomes na história da música improvisada, sendo galardoado com um Doris Duke Award e uma bolsa pela respeitada fundação Guggenheim. Em sexteto, quinteto, quarteto, trio ou duo, elétricos ou acústicos, a compor ou a tocar, o trompetista de 59 anos é implacável; com o baixista Bill Laswell, com a guitarra do Tortoise Jeff Parker, com o saxofone de Joe Lovano ou com a bateria de Joey Baron, Douglas é Douglas. E será a ladear este último instrumentista, companheiro de Douglas em inúmeras aventuras e seu conterrâneo no universo do improviso originário de Nova Iorque, que o veremos em Braga. Baron é um autodidata como poucos. Integrou a banda de Bill Frisell por uma década e foi membro de Naked City (com Zorn, Frisell, Fred Frith e Wayne Horvitz), gravou e tocou ao lado de nomes como Dizzy Gillespie, Carmen Mcrae, Tony Bennett, Chet Baker, Laurie Anderson, Stan Getz, David Bowie, Philip Glass ou Al Jarreau. Um currículo impressionante que perfila num dos mais discretos bateristas jazz avant-garde. “Os metrónomos tremem de medo, ele é tão estável”, dizia Bowie sobre Baron, a quem muitas vezes é atribuído o mais belo som de bateria que o jazz já conheceu. Com este passado de excelência de e entre ambos, qualquer diálogo que surja entre os dois músicos contribuirá ainda como história escrita no livro em construção da música improvisada.
dave douglas trompete
joey baron bateria
An unmissable gathering between two of the most renowned jazz musicians: American trumpeter and composer Dave Douglas and American avant-garde drummer Joey Baron, both half of John Zorn’s quartet Masada.
