residências artísticas

homem em catarse e convidados

‘Sete Fontes’ é uma ode a Braga: às ruas desertas da cidade nos confinamentos, a uma valsa imaginária do Palácio dos Biscainhos, ao pastor da Serra da Sobreposta ou ao pendulo da Sé. Este trabalho delicado do Homem em Catarse é apresentado ao vivo, num concerto especial na casa que o viu nascer, dois anos após a sua criação.

A 20 de fevereiro, Homem em Catarse, alter-ego de Afonso Dorido, subiria ao palco para o primeiro Trabalho da Casa de 2021, mas um novo confinamento geral trocaria novamente as voltas a tudo e a todos. Neste concerto, o músico radicado em Braga apresentaria o seu mais recente trabalho discográfico. Sete Fontes, construído integralmente ao piano durante os períodos de pausa causados pela pandemia e inspirado em locais de Braga, seria posteriormente pré-apresentado, num momento efémero, através de uma peça vídeo pelo artista multidisciplinar Francisco Oliveira, que assume também a coprodução do álbum do multi-instrumentista e compositor. Partindo da reflexão, delicada e emotiva, que o disco faz sobre o território, Francisco entregara uma dimensão visual que propõe uma outra reflexão sobre um território informal, num universo reflexivo e onírico, desafiando a perceção dos lugares de Sete Fontes. A relação entre Francisco e Afonso prolongar-se-ia para lá desta peça vídeo que substituíra a estreia ao vivo, estendendo-se aos palcos futuros, com o primeiro a assumir o plano visual e a eletrónica dos concertos de Sete Fontes. Um ano depois dessa apenas planeada estreia no Trabalho da Casa, Sete Fontes regressa finalmente à casa que o viu nascer, para se mostrar pela primeira vez ao público bracarense. Agora, será duplamente especial. Não só pelo tempo de espera, mas também porque Afonso Dorido, ao piano, estará acompanhado por Francisco Oliveira e ainda de um quarteto de cordas, composto por violinos, viola e violoncelo, que trará uma nova dimensão sensitiva à visão particular e muito pessoal de Homem em Catarse para o momento que (quase) todos nós vivemos.

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