música
três tristes tigres
apresenta mínima luz
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No cumprimento do Decreto n.º 8/2020, de 8 de Novembro, que regulamenta a aplicação do estado de emergência decretado pelo Presidente da República, nomeadamente o recolher obrigatório a partir das 13:00 nos próximos sábados e domingos, procedeu-se a alterações no programa de novembro. O espetáculo de Três Tristes Tigres é transferido das 18:00 de 21 de novembro (sábado) para as 19:00 de 20 novembro (sexta-feira).
Há um lugar único ocupado pelos Três Tristes Tigres na história da música portuguesa da década de 90 e isso é um facto inegável. Com um legado ímpar enquanto grupo, o mérito é indissociável dos nomes de Ana Deus e Alexandre Soares, músicos que se espelham através de uma linguagem e estética própria e que os distingue invariavelmente enquanto artistas – comprovam-no também em Osso Vaidoso, projeto que o duo tem em comum. Foi essa singularidade de criação de Ana e Alexandre que ficou também marcada na resistência ao tempo das canções que compuseram há décadas para a discografia de Três Tristes Tigres e que vimos no palco do gnration, em setembro de 2017, digressão alavancada pelo convite do Teatro Municipal do Porto – Rivoli para a celebração dos vinte anos de Guia Espiritual (1996) e onde acabaram por revisitar ainda temas de Comum (1998).
Talvez seja da junção do regresso aos palcos e da benesse artística de saber fazer canções que não ficam presas no tempo que terá surgido a vontade para a criação de Mínima Luz, o novo disco de originais do grupo portuense, lançado em maio deste ano. Composto e produzido por Alexandre Soares e Ana Deus, o trabalho conta com participações do baterista Fred Ferreira (Orelha Negra, Banda do Mar, Buraka Som Sistema), do baixista Rui Martelo, do percussionista Gustavo Costa e da harpista Angélica Salvi. Neste regresso, ressalva-se nas colaborações também o nome da poetisa e dramaturga Regina Guimarães, letrista e amiga de longa-data, figura importante na arte do grupo, que entrega ao disco cinco poemas, que se veem ladeados por poemas de Luca Argel (com quem Ana Deus partilha o projeto Ruído Vário), da própria Ana Deus e de traduções adaptadas de poemas de William Blake e Langston Hughes. Para o grupo, Mínima Luz é “a vontade de estar presente no hoje, e ser parte dele também”, manifesto humilde de um dos mais importantes nomes da música portuguesa e de quem não sabe que faz canções que não se desvanecem com o passar do tempo.
classificação etária m/6 anos
apoio
Portuguese alternative-pop group Três Tristes Tigres presents their acclaimed new album ‘Mínima Luz’.