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8 anos de gnration: performances filmadas
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Para o programa online da celebração dos 8 anos de gnration, convidamos artistas com práticas distintas para levarem a cabo a direção de arte de um conjunto de quatro performances por músicos nacionais, filmadas à porta fechada em diferentes locais do edifício do gnration. As performances serão apresentadas online durante os dias 7, 8 e 9 de maio.
ermo x jonathan uliel saldanha
música ermo direção de arte jonathan uliel saldanha
sáb · 22:00
Oriundos de Braga, o duo de produtores de música eletrónica Ermo tem vindo a alargar os horizontes da música portuguesa durante a última década. Celebrados pela crítica como um dos projetos musicais mais refrescantes e inovadores em existência, editaram em 2017 Lo-fi Moda, álbum que lhes valeu uma nomeação para um Globo de Ouro da SIC e o título de Melhor Disco do Ano para a Blitz. Nos palcos, os Ermo fazem de tudo para demarcar a sua vontade de serem únicos, mostrando-se aversos a uma apresentação comum e comodista. Famosos por não darem a cara ao público, atuam blindados por luzes apontadas ao público, virando o tabuleiro sobre si. Desde 2013, a banda já atuou em palcos de vários festivais na Europa e Brasil, destacando-se o Festival Paredes de Coura, Super Bock Super Rock, Tremor e Vodafone Mexefest.
Jonathan Uliel Saldanha (na foto) é músico e artista visual, fundador do coletivo SOOPA e de HHY & The Macumbas. A partir das suas investigações elabora ações cénicas sincréticas entre as artes plásticas, dança e som, expõe instalações e compõe peças para voz, percussão, eletrónica e espaço ressonante. Entre os locais que receberam já o seu trabalho, constam referências do mapa cultural internacional como o festival Unsound (Polónia) ou o Palais de Tokyo (França).
joão pais filipe + pedro melo alves x rodrigo areias
música joão pais filipe + pedro melo alves direção de arte rodrigo areias
dom · 15:00
João Pais Filipe e Pedro Melo Alves, dois dos mais importantes bateristas e percussionistas da atualidade contemporânea, e simultaneamente duas das figuras criativas mais ativas da cena portuense, formam agora um novo duo de percussão que se move abertamente entre linguagens do rock, música étnica e música experimental. Ao centro dos dois músicos, encontrámos um set híbrido de peles, pratos e gongos, que são o ponto de partida para uma exploração complexa da percussão. O duo fará aqui a sua primeira aparição pública.
Produtor e Realizador de cinema e Rock n’Roll, Rodrigo Areias é licenciado em Som e Imagem pela Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, possui um curso de especialização em Realização Cinematográfica da Tisch School of Arts da Universidade de Nova Iorque e fez o programa de produção Eurodoc e da Bienalle College de Veneza. No seu percurso, produziu e coproduziu filmes que vão desde o cinema de autor, documentário, videoarte e videoclips. As suas produções têm estreado nos maiores festivais de cinema do mundo como Cannes, Berlim ou Veneza. Venceu um Leão de Ouro para melhor documentário no Festival de Veneza e um Leopardo de Ouro no Festival de Locarno. Foi responsável pela produção de cinema de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura onde produziu filmes de realizadores como Jean-Luc Godard, Aki Kaurismaki, Peter Greenaway, Manoel de Oliveira ou Victor Erice.
susana santos silva x inês d’orey
música susana santos silva direção de arte inês d’orey
dom · 17:00
A viver em Estocolmo, Susana Santos Silva é trompetista, improvisadora e compositora. Com uma abordagem artística singular que surge de um amplo espectro de influências, da música clássica e contemporânea ao jazz e arte sonora textural, interessa-se por estender as possibilidades do instrumento, explorando novas formas de expressão dentro da música, bem como dissolvendo as fronteiras entre composição e improvisação. A sua música foi descrita como inebriante, intensa, bela, opressora, hipnotizante, inovadora, ousada e criativa. É membro cofundador da Associação Porta-Jazz e do seu selo discográfico, Carimbo, e integra a European Movement Jazz Orchestra. Em 2018 lançou o seu primeiro álbum a solo, All the Rivers (Clean Feed Records), gravado ao vivo no Panteão Nacional de Lisboa. Colaborou já com músicos como Fred Frith, Evan Parker, Joëlle Léandre, Mat Maneri, Paul Lovens e Hamid Drake, entre muitos outros.
Inês d’Orey estudou fotografia na London College of Printing, 2002. A arquitetura, a polis, a fronteira ente espaço público e privado, a investigação sobre os lugares e seus contextos são alguns dos elementos que constituem o seu corpo de trabalho, cujo principal meio é a fotografia, ainda que com fusões com a instalação e o vídeo. Expõe, publica e faz residências artísticas com regularidade em Portugal e no estrangeiro. Está presente em diversas coleções privadas e públicas, onde se destaca a Fundação EDP, a Oliva Arauna Coleción (ES) ou a Galleri Image (DK). Tem sido premiada pelo seu trabalho, nomeadamente com o prémio Novo Talento Fotografia FNAC 2007. Na publicação de livros destacam-se “Mecanismo da troca” (2010) e “porto interior” (2011). É representada pela Galeria Presença (Porto) e pela Galeria das Salgadeiras (Lisboa).
gala drop x sara graça
música gala drop direção de arte sara graça
dom · 19:00
Os Gala Drop são uma incansável e em constante desenvolvimento aventura musical – um caso de paixão pela matéria que trabalham – que se inspiram em sons e vibrações de diferentes lugares e épocas, e tentam pelo poder da imaginação transformada em música transmitir-nos esperança num presente colectivo melhor. Qualificados como autores de um ‘rainforest futurism’ pelo crítico britânico Matthew ‘Woebot’ Ingram, a sua discografia é dividida entre EPs e LPs, publicada no seu selo editorial GDR e na nova-iorquina Golf Chanel Recordings. A banda iniciada há́ mais de uma década em Lisboa é hoje composta por Afonso Simões (bateria), Nelson Gomes (sintetizadores) e Rui Dâmaso (baixo).
Sara Graça mantém uma prática fortemente interdisciplinar desde terminada a sua licenciatura nas Belas Artes da cidade do Porto, onde criou e hospedou o espaço Vésta. De momento, reside entre Lisboa e Londres, a completar um mestrado em Fine Art pela Goldsmiths College. Para além de apresentar trabalho individual, recentemente no Sismógrafo, na Madragoa, na Galeria Municipal do Porto, ou na ZDB, Graça desenvolve uma prática colaborativa em meios predominantemente independentes. Na área da música, apareceu como parte das Toda Matéria e, atrás do palco ou da câmara, em projectos como Maria Reis, Pega Monstro, Jejuno, Luar Domatrix, entre outros, recentemente na Fundação Calouste Gulbenkian, ou no Teatro do Bairro Alto. Muitas vezes influenciada pelo contacto que tem com a música, desenvolve o seu trabalho plástico navegando ideias de fragilidade, disponibilidade e improviso.