música
Há vinte anos que na noite de Lisboa se vem avistando uma CAVEIRA. Este espectro disforme vagueia pelos espaços limiares que se formam na encruzilhada do free-jazz, noise e blues. A lenda deste abantesma começa em trio com Pedro Gomes e Rita Vozone, nas guitarras, e Quim Albergaria, na bateria. Juntavam-se às quartas-feiras para tocar e ensaiar de borla nas noites de jams do “bar dos Delfins” – o Lotus Bar, em Cascais. Pedro desvendou tudo isto em entrevista ao Rimas e Batidas, admitindo que no início não passava de uma brincadeira. Mas, como acontece com todos os seres mitológicos, a coisa começou a ficar séria. Pelo final da década de 2000, CAVEIRA tinha já partilhado palco com nomes como Damo Suzuki, Devendra Banhart, Psychic Hills ou Comets on Fire. A lenda crescia e dissemina-se por entre as sombras de Lisboa.
Os tempos como trio já lá vão. Da CAVEIRA original mantém-se o cabecilha, Pedro Gomes, sempre com a mesma máxima do som avassalador, do improviso cru e do barulho. Gabriel Ferrandini juntou-se na bateria e não tardou até Pedro Sousa, no saxofone, e Miguel Abras, no baixo, completarem o quarteto que hoje conhecemos. De discos pouco se falava, foram surgindo algumas edições de autor aqui e ali, mas nunca um álbum com o som que Gomes tinha na cabeça. Até que, em 2024, chegou finalmente a hora de ficar vivo. Com três longas faixas, o disco de estreia de CAVEIRA inaugura um novo capítulo na nova vida deste espectro sensorial, que se prepara para invadir os palcos para lá da capital.
apoio república portuguesa – cultura / direção-geral das artes. rtcp – rede de teatros e cineteatros portugueses
apoio à divulgação antena 2
Lisbon-based quartet CAVEIRA, headlined by guitarist Pedro Gomes, with Gabriel Ferrandini on drums, Pedro Sousa on saxophone and Miguel Abras on bass, present ficar vivo their long-awaited studio album.