exposição

pós-laboratórios de verão 2022

2 Set

a 10 Set

gratuito

vários locais

o programa laboratórios de verão é uma ação promovida pelo gnration, em parceria com o ciajg – centro de artes josé de guimarães (guimarães)

Desde 2015 que os Laboratórios de Verão têm firmado um lugar de destaque na promoção da criação artística no distrito de Braga. Ao longo de oito edições, este programa de apoio à criação artística criado pelo gnration apoiou já três dezenas de projetos e meia centena de artistas.

Com ênfase nos domínios da imagem, som, performance, interatividade, música, dança ou no cruzamento entre as áreas anteriormente descritas, os Laboratórios de Verão assumem um formato de residência artística com vista ao desenvolvimento de novas ideias e trabalhos para apresentação pública subsequente. Durante o mês de agosto, as instalações do gnration albergam residências artísticas com vista à criação e desenvolvimento dos quatro projetos artísticos selecionados por open call.   

Em 2020, a apresentação pública dos Laboratórios de Verão foi reformulada. Agora, os projetos vencedores dão-se a conhecer na exposição Pós-Laboratórios de Verão, que regressa em 2022 para mais uma edição.

Os quatro projetos selecionados para a edição deste ano são Entre o céu e o mar teremos sempre a montanha, de Luís Ribeiro, Nature is Infinite and maybe we are too, de Ana Carvalho dos Santos, Overgrown, de Miguel Teodoro e uma performance de José Diogo Martins com Mané Fernandes.

 

entre o céu e o mar teremos sempre a montanha
por luís ribeiro
instalação · sala de formações

A rivalidade entre Braga e Guimarães é histórica. Entre o Céu e o Mar teremos sempre a Montanha imagina como seria a vida dos cidadãos das duas cidades rivais se, de repente, as montanhas do Santuário do Bom Jesus, em Braga, e a Montanha da Penha, em Guimarães, desaparecessem. Esta instalação explora a geografia dos dois territórios, com o objetivo de os aproximar. Através de técnicas de filmagem, montagem e edição, esta obra dilui as paisagens e as fronteiras físicas e imaginárias que caracterizam e separam os dois concelhos, de tal modo que não conseguirmos distinguir quais as referências que nos fazem sentir relacionados com um ou outro. A banda sonora, gravada ao vivo no dia da inauguração pelos artistas sonoros Haarvöl, procura envolver o espectador com o vídeo.
Luís Ribeiro (1982) é um artista natural de Guimarães e membro fundador do coletivo de artistas Laboratório das Arte. Desde 2003 realiza diversas exposições individuais e coletivas. É doutorado em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes na Universidade de Coimbra (2017-2021), Mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas pela FBAUP (2006-08) e licenciado em Artes Plásticas – Desenho pela ESAP (2000-04).

nature is infinite and maybe we are too
por ana carvalho dos santos
instalação · sala de conferências

Nature is Infinite and maybe we are too é uma instalação audiovisual que explora as relações simbióticas entre a natureza, o ser humano e a tecnologia, por meio da criação de um espaço meditativo que promove a consciência ecológica. O projeto consiste na transposição de imagem e som gravados em ambientes naturais e a sua desconstrução para o espaço expositivo. A natureza surge como objeto de exploração e experimentação na criação artística, utilizando como metodologia um processo experimental na captação de vídeo e som, com base na manipulação de processos sonoros e visuais cíclicos e infinitos (loops), inspirados nos mesmos tipos de processos que a natureza apresenta. As gravações foram realizadas em agosto em vários espaços naturais de Braga, como o Bom Jesus, Sameiro e terrenos do Mosteiro de Tibães, de modo a incorporar o espaço natural público para o interior de um espaço expositivo.
Ana Carvalho dos Santos (1996) é uma artista multimédia cuja prática artística centra-se na produção de obras audiovisuais digitais, desdobrando-se entre os campos da instalação, da performance e da arte visual e sonora. O seu trabalho incide sobre diferentes preocupações e possibilidades estéticas, explorando questões que abordam as dicotomias e paradoxos do real e imaginário, do concreto e do abstrato.

overgrown
por miguel teodoro
instalação · sala de reunião (2ºpiso)

Overgrown é um a instalação audiovisual que utiliza o som e a imagem como veículos para repensar a condição contemporânea de cidade. O projeto parte da análise do exemplar de 1497 de “Hortus Sanitatis”, presente na Biblioteca Pública de Braga. Este livro é a primeira enciclopédia de história natural e representa o mundo na sua globalidade, abrangendo as plantas, os animais terrestres, as aves, os animais aquáticos, os minerais e a urina. Através da análise desta importante obra para transição da ciência ocidental moderna, Overgrown olha a cidade como um corpo vivo e traça correspondências e ficções com as iconografias presentes no livro. Assim, o som e a imagem voltam a ativar narrativas e encontros com espécies, mitos e conflitos encobertas na cidade. A espacialização, amplificação e manipulação de “audio field recordings” entra em diálogo com imagens criadas a partir da relação do imaginário medieval e as realidades ecológicas contemporâneas da cidade de Braga.
Miguel Teodoro (1997) é um artista é um artista e designer português que vive entre a Holanda e Portugal.

josé diogo martins + mané fernandes
música · blackbox · sex · 22:30

José Diogo Martins (sintetizadores) e Mané Fernandes (guitarra elétrica e MPC) é um duo que explora o ritmo como veículo de perceção. Nesta performance, os artistas trabalham o conceito de swing, proposto por Malcolm Braff na “Teoria Geral do Ritmo”.
José Diogo Martins é um pianista e improvisador residente em Braga. Colabora com nomes de como Pedro Melo Alves, Lumina, Miguel Rodrigues, Mané Fernandes e Emmy Curl e é ainda solista convidado da Orquestra Jazz de Matosinhos.
Mané Fernandes, é um guitarrista, compositor e improvisador natural do Porto e radicado em Copenhaga. Em 2021 lançou o seu segundo disco a solo ENTER THE sQUIGG. Trabalhou ainda João Barradas, Omniae Large Ensemble, a Orquestra Galego-Portuguesa de Liberación, e é solista e arranjador convidado da Orquestra de Jazz de Matosinhos.

pós-laboratórios de verão 2022
sexta-feira, dia 2:  21:00 – 00:00
sábado, dia 3: 14:00 – 0:00
domingo, dia 4: 14:00 – 17:30

sexta-feira
entre o céu e o mar teremos sempre a montanha, por luís ribeiro · instalação · sala de formações
overgrown, por miguel teodoro · instalação · sala de reunião (2º piso)
nature is infinite and maybe we are too, por ana carvalho dos santos · instalação · sala de conferências
haarvöl + luís ribeiro · performance / música · sala de formações · 21:30
josé diogo martins + mané fernandes · música · blackbox · 22:30

sábado
entre o céu e o mar teremos sempre a montanha, por luís ribeiro · instalação · sala de formações
overgrown, por miguel teodoro · instalação · sala de reunião (2º piso)
nature is infinite and maybe we are too, por ana carvalho dos santos · instalação · sala de conferências

domingo
entre o céu e o mar teremos sempre a montanha, por luís ribeiro · instalação · sala de formações
overgrown, por miguel teodoro · instalação · sala de reunião (2º piso)
nature is infinite and maybe we are too, por ana carvalho dos santos · instalação · sala de conferências

as instalações ficam patentes até 10 de setembro, no horário normal de funcionamento do gnration

classificação etária m/6

Pós-Laboratórios de Verão is an exhibition resulting from the open call Laboratórios de Verão and presents four local artistic projects developed in artistic residency during the summer.

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