dança / música

zona franca: está visto – joão dos santos martins com joana sá, ana jotta e filipe pereira
Música e dança circulam sem limites na Zona Franca. Fruto de uma parceria entre o gnration, o Theatro Circo e o Centro Cultural Vila Flor, este novo ciclo interdisciplinar é o território livre onde a música autoral e a prática coreográfica se manifestam num diálogo contínuo e multiforme. Ao longo de 2025, em Braga e Guimarães, a Zona Franca apresenta novas colaborações entre intérpretes-coreógrafos e intérpretes-músicos que experimentam com técnicas distintas para apresentar diferentes propostas artísticas.
joão dos santos martins x joana sá – está visto
Um bailarino que não sabia dançar, um cantor que não sabia cantar, um ator que não sabia atuar, um escritor que não sabia escrever, um pintor que não sabia pintar. Um bailarino que cantava, um escritor que pintava, um ator que escrevia. Era preciso saber-se fazer para saber-se ser. Enquanto as linhas ténues que separam o ser do fazer, o eu da acção, a coisa do sujeito, são confusas, há algo que permanece inapto e disfuncional. Um monstro que não cumpre a função. — João dos Santos Martins, 2022
O ciclo Zona Franca, recebe Está Visto (2023), espetáculo que é resultado de uma colaboração de João dos Santos Martins com a pianista e compositora Joana Sá e a artista visual Ana Jotta. Partindo do ciclo de canções Dichterliebe [Amor(es) de poeta], compostas por Robert Schumann em 1840, a peça apresenta-se em formato de recital, procurando as práticas de canto, piano e dança interajam e transbordem umas nas outras. As canções de estilo romântico, com poesia de Heinrich Heine, falam de amor não correspondido. Esta falta de reciprocidade reproduz-se em ideias coreográficas que desarticulam a linguagem, fracionando o gesto com as letras das canções, o som e a escuta num corpo em atravessamento.
interpretação
joão dos santos martins
joana sá
música
dichterliebe, op. 48, de robert schumann, (des)arranjos de joana sá
figurino
jotta & faísca
coprodução
associação parasita, boca — bienal de artes contemporâneas, vaga
luzes e assistência de cena
filipe pereira
apoio vocal
rui baeta
letras em lgp
cláudia dias
apoio gestual
miguel ralha
residências
casa da dança
devir capa
espaço parasita
estúdios victor córdon
forum dança
goethe-institut lisboa
grand studio/materiais diversos
salão nobre da escola superior de educação de lisboa
teatro da voz
vila sul goethe institut salvador
produção e administração
sofia lopes e lysandra domingues | associação parasita
association mimaï
design gráfico
nuno maio
agradecimentos
ana rita teodoro
ana bigotte vieira
connor scott
joana mário
joana nascimento
luís josé martins
luísa saraiva
rita natálio
sabine macher
sebastian felten
a parasita é uma estrutura financiada pela república portuguesa – ministério da cultura/direção-geral das artes no biénio 2023-2024.
apoios república portuguesa – cultura / direção-geral das artes. rtcp – rede de teatros e cineteatros portugueses.